Já não jorra
“água”
Nos córregos
que dão no rio pinheiros
O governo
De paletó e
guarda-chuva
Não sabia de
seca
E notaram a
estiagem
De
vendedores ambulantes
Nos lotados
vagões?
O governo
De paletó e
formalidades
Não sabia do
ganhapão
Já não mais
jorram
Manifestações
das margens
Às marginais
e paulistas
O governo
De paletó e
cassetete
Não sabia
democracia
E a borracha
Com que
abalam os professores?
E os gases
de efeito imoral?
O governo
De paletó e
projéteis
Não sabia
projeto de futuro
E os pobres
pretos periféricos,
Policiados,
desacatados
Dentro dos
próprios barracos?
O governo
De paletó e
preconceito
Não sabia de
trabalhador
E o incêndio
Espraiando
na favela,
Varrendo os
sonhos?
O governo
De paletó e
especulações
Não sabia do
sofrer
E a reintegração
Desintegrando
famílias
Levando o
que é nosso?
O governo
De paletó e
mandato
Não sabia da
luta
Mas que governo filho da puta
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