Que barulho grita na esquina
E de quatro aos quatro ventos se espalha?
Que marulho transpõem a muralha
Na falácia do povo?
Que murmúrio grita o novo
E no barraco ressoa?
Que burbúrio ecoa... Ecoa...
E torna a bater na quina?
Que América, não norteia, mas atina
E pede mais um passo?
Que grito grita o cansaço
Do braço estarrecido?
Quem fala a fala do peito contido
Na lima de duas línguas?
Quem diz que a noite míngua
Na larga matutina?
Quem late à latina
Como um cachorro vira mundo?
E diz que é tudo meu, tudo nosso, mas que é de todo mundo!
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