Ao passo que tudo inclina
O Sol nasce na esquina
E toca o outono matutino
Num canto aparece o homem,
Noutro brinca o menino.
De que brincas, se brincar é perda de tempo?
Que tempo falas senhor? Brinco de coisa alguma.
Brinco de brincar, como gente grande brinca de regras.
Sabes bem o tempo de que te falo, tens calendário.
Sois criança crescida
E também sabes que regras são coisas sérias,
Não brincadeira de fingir, como tua brincadeira.
O tempo que entrelaça os dois destinos
Deposita no menino
A primeira asa.
Mas brinco, senhor! Só brinco do que vejo.
Brinco de mamãe e papai, de doutor,
Como agora, brinco de futucar o dedo.
Assim deu-se o diálogo.
O homem saiu desatinado.
Cresceu na criança a segunda asa,
Que a elevou.
Passo a passo o homem ainda se ria:
2 comentários:
Queria eu ,poder parar de brincar de regras.
Regras.Oque são regras?
Queria eu poder,só brincar.
resgras? num é brincadeira? Só pode ser algo como polícia e ladrão levado a sério.
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