E se lhe visse o verso do meu ser
Tão adverso a tudo que já lhe disse?
E se veçano lhe mirasse e risse
Inda valheria me querer saber?
E se ao me saber pleno não lhe abrisse
nenhuma porta, não fisesse aceno?
E se eu gritasse e você me seguisse
inda me olharia seu olhar heleno?
E se eu lhe parecesse assim dubtável
Fogo fugas ou`ma chama durável
Me desejaria a chama ou sereno
E se por ironia eu lhe fosse afável,
Amável, quem sabe talvez cadeno
Me amarias com viço ou veneno?
Tão adverso a tudo que já lhe disse?
E se veçano lhe mirasse e risse
Inda valheria me querer saber?
E se ao me saber pleno não lhe abrisse
nenhuma porta, não fisesse aceno?
E se eu gritasse e você me seguisse
inda me olharia seu olhar heleno?
E se eu lhe parecesse assim dubtável
Fogo fugas ou`ma chama durável
Me desejaria a chama ou sereno
E se por ironia eu lhe fosse afável,
Amável, quem sabe talvez cadeno
Me amarias com viço ou veneno?
2 comentários:
Salve Alisson!
Gostei do seu poema!
Embora o soneto não seja a forma que eu mais goste, achei que o seu ficou sintético e fugiu da necessidade de forçar na estrutura ideias só pra que fosse um soneto!
E essa última estrofe é belíssima:
"E se por ironia eu lhe fosse afável,
Amável, quem sabe talvez cadeno
Me amarias com viço ou veneno?"
Parabens e forte abraço poético!
J.
Profundo. Amei principalmente o último verso.
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