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domingo, 30 de janeiro de 2011

viajem I

Amada
O povo
É de uma igual simplicidade
No Brasil
No Uruguai
Na Argentina
No Chile

Mora no povo
Uma Alegria ribeira
Um sorriso constante
Que move o rio da vida

Amada
O povo
O povo marcha lento
Rumo a um horizonte plano
Na altura dos olhos
Dos companheiros e companheiras

Amada
Apesar da fome
O povo dança
Seja samba
Seja candombe
Seja tango
Seja cuica
O povo dança com o corpo
Dança com a alma

Amada
Mesmo com injustiça
O povo ama
O negro do Brasil
O guaraní do Paraguai
O aymara da Colômbia
Amam com ginga e força
E fazem, entre madeira e prego,
Um amor fogoso

Amada
Eu quero contar o canto
De todos os povos
De todos que sofrem
E olham sem ver
O sol que se encosta no horizonte

Amada
Esse Sol que se apaga lá fora
Acendeu em meu peito.

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