Seguidores

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Telúrica

Em que mundo mergulho
Que segredo róseo e rubro
Me revelas
Que só de o saber estremeço
E só de o sentir
Me punge a carne?

O quê nácar de tua gruta contrais
E revela o sumo impróprio
Que como torrente
Rebenta puro
Ao paladar extasiado?

E o olho míngua
E a língua vela e passeia
Sobre a relva orvalhada

Será de teu profundo mundo
E exala esse aroma intenso
Que é rumor imenso
De posse e conquista?

E o corpo inerme
E a epiderme eriçada
Deixam-se submergir
Em tuas vagas

E quem, de lúcido,
Há de impedir essa infusão
Telúrica?

Nenhum comentário: