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quarta-feira, 10 de março de 2010

Vô não. Aquí fico, aquí me finco, me enterro nos sete palmos de mim mesmo, mas num vô não. Num quero perna de barro, num quero corpo de bronze, metade do corpo petrificado no meio da praça pra quê? Num sô mais do que o que é passado, num sô mais do que o que sempre foi. Num vô não! A menina dos meus zóio é dura, embrutecida comu um vinco na terra seca. Vivo da secura de só querê está no amanhã, num fico apontando nada pra ninguém não. Num tenho mais ôio que ninguém, num tenho mais faro de destino, num tenho mais braço, mais perna ou coração. A vontade que me boliça é boliçosa por igual na borriga de cada um. Num quero fincá bandeira na Lua, num quero matá irmão, num quero prantá palavra difícil dizendo que é constituição. Num quero subir no juizo de ninguém não. Cada um que pense com seus botão. É pensando que a vida rói, rói e rói. Heroi? Quero ser não. Também não preciso de heroi.