Seguidores

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um copo
já cheio
de Sol

Um corpo
Ainda cheio
de amor

O contraste
Entre o azul
e a folha

A mesa
Posta na rua

Os despojos
postos
a dentro

Uma idéia
lânguida
Escorre
Na curva
do pensamento

Abrasando
o corpo

Congelando
O olho

O olhar desolha
o que quer
silênciar

A simpatia
Vence o medo

Ninguém atesta
o meu sorriso

De que Sol
veio esse raio
de felicidade?

Essa vontade
primaveriu
de desabrochar as flores?

Ainda não sei
como o tempo
amadurece a vida

Mas não vejo mais
beleza
na vida que corre
na incerteza

De hoje em diante
me aparto da dúvida

Nada mais me divide

quinta-feira, 7 de abril de 2011

...

Eu também tenho um amor...
parece brasão no peito.

teima em fazer Sol
nas almas nubladas

faz germinar a semente no campo
o pão na mesa
E exala aroma de café
na cozinha de todos
e todas.

Um amor
que invade os terrenos baldios
sem pedir licença
e constrói castelos
de lona
e madeira
e suor

Um amor de acender os olhos
que levanta na hora mais fria do dia,
e vai revolver a terra
com a força de mil braços
cantando num coro de mil vozes
E que chega
na boca da noite
Anunciando os frutos do amanhã.

domingo, 30 de janeiro de 2011

viajem I

Amada
O povo
É de uma igual simplicidade
No Brasil
No Uruguai
Na Argentina
No Chile

Mora no povo
Uma Alegria ribeira
Um sorriso constante
Que move o rio da vida

Amada
O povo
O povo marcha lento
Rumo a um horizonte plano
Na altura dos olhos
Dos companheiros e companheiras

Amada
Apesar da fome
O povo dança
Seja samba
Seja candombe
Seja tango
Seja cuica
O povo dança com o corpo
Dança com a alma

Amada
Mesmo com injustiça
O povo ama
O negro do Brasil
O guaraní do Paraguai
O aymara da Colômbia
Amam com ginga e força
E fazem, entre madeira e prego,
Um amor fogoso

Amada
Eu quero contar o canto
De todos os povos
De todos que sofrem
E olham sem ver
O sol que se encosta no horizonte

Amada
Esse Sol que se apaga lá fora
Acendeu em meu peito.